domingo, 29 de setembro de 2013

Maniçoba


Ingredientes

4 kg de maniva pré-cozida (pode comprar)
5 1/2 kg de paio defumado cortado em cubos
1/2 kg de toucinho defumado(bacon) cortado em cubos
1/2 kg de charque(carne seca) cortado em cubos
1/2 kg de chouriço defumado fatiado
1/2 kg de bucho bovino(escaldado)
1/2 kg de costela de porco salgada e escaldada
6 folhas de louro
1 cebola grande picada
3 pimentinhas verdes (de temperar)picadas
4 dentes grandes de alho descascado e picado
1 colher de chá de pimenta e cominho em pó


Modo de Preparo

Coloque a maniva e as folhas de louro em uma panela grande e leve ao fogo por três horas, lembrando-se de mexer de vez em quando com uma colher de pau. Acrescente água aos poucos quando necessário.
Tempere o bucho bovino separado e deixe cozinhar por mais 40 minutos, após esse tempo junte à maniva. Mexendo sempre para não queimar. Tempere os demais ingredientes em uma panela à parte sem acrescentar sal, pois durante o cozimento estes ingredientes vão soltar o próprio sal. Em seguida acrescente-os à maniva e deixe cozinhar por mais 40 minutos, após isso experimente para saber se o sal está no ponto. Caso seja necessário você pode acrescentar um cubo de caldo de bacon ou costela, como preferir, ao invés do sal. Deixe ferver por mais 15 minutos e pronto. Sirva com arroz branco


Sugestão: Pode ser acompanhada de farinha d’água ou farofa e molho e pimenta de cheiro. Para quem está de dieta, os ingredientes suínos podem ser substituídos por carnes de origem bovina(carnes magras) o charque e a costela bovina assada são ótimas opções para baixar calorias sem diminui o sabor.Informações: Esta receita rende 12 porções e seu tempo de preparo é aproximadamente 4h 35min. Esta é uma iguaria tipicamente paraense e teve a sua origem indígena. A maniva só pode ser utilizada após ser cozida durante sete dias por ser muito tóxica. Os índios preparavam este alimento geralmente em dias de festa e comemorações. Colocavam a maniva triturada no fogo para cozer em água e saiam para caçar, os animais abatidos eram colocados dentro da vasilha que estava a ferver, não se sabe ainda por quanto tempo cozinhavam a maniçoba. Mas, calcula-se que a deixavam ferver por uns 4 ou 5 dias.





Texto: Nice Ribeiro
Imagens: Google Imagens

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Lúcio Flávio Pinto - Jornal Pessoal



O senhor imaginava que o jornal fosse chegar nesse patamar atual, referência de excelência nacional e internacional?
Não. O jornal tinha um sentido utilitarista imediato: publicar a reportagem sobre o assassinato. Depois, deveria perder sua razão de ser. Afinal, estávamos iniciando o que acabaria por se tornar o mais longo período democrático da história republicana brasileira. Sem censura estatal, a imprensa poderia divulgar tudo de relevante que apurasse. O problema é que isso não aconteceu. A censura direta do Estado acabou, mas outras formas de censura, sobretudo econômica, se desenvolveram. E um mal maior se propagou: a autocensura. Como o meu jornal não tem amarra alguma, inclusive porque não aceita publicidade, ele se revelou necessário para transmitir à opinião pública informações e análises que não aparecem na grande imprensa. Por isso existe até hoje.



O senhor já deixou de dar alguma noticia em consideração a uma pessoa de sua estima?

Nunca. Já perdi vários amigos e quase-amigos por causa disso. Minha única limitação é a minha capacidade investigativa. Se mais não publico é porque mais não sei. Como o jornal é quinzenal e eu sou seu único servidor, o período de produção termina sem que eu consiga concluir a apuração. Nesse caso, ou a matéria passa para a pauta seguinte ou eu a publico com o que sei. Como o tema persiste, voltarei a ele em seguida com mais informações. Para não me condicionar, além de rejeitar a receita publicitária, restringi ao mínimo minhas relações sociais. Assim, evito coação moral ou sentimental.


O seu pai foi o fundador do PTB em Santarém, nunca pensou em seguir a carreira política?
Pensar, eu pensei muito.Mas nunca me decidi a seguir a carreira política do meu pai, embora ele tudo fizesse para me seduzir como seu sucessor. Estive muitas vezes a um passo da filiação partidária. Duas coisas me impediram de dar esse passo decisivo. Uma, o pudor. Ser político é também ser ator, tanto mais ator quanto menor é a consciência política do eleitor. E meu pudor me impede de interpretar o papel que cabe aos que querem obter o voto. É uma condição indispensável, em qualquer lugar, porém maior em lugares atrasados, como o nosso. Não tenho essa qualidade. O outro fator é que condsidero a filiação a um partido incompatível com a atividade de um jornalista que emite opinião e exerce juízos de valor. Ele tem que ser imparcial e objetivo ao máximo. A vinculação partidária é um sério complicador para o exercício desses atributos.


O senhor já trabalhou na grande imprensa. Não sentes vontade de voltar? Recebes convites para retornar?
Trabalhei durante 26 anos na grande imprensa. Ou só nela ou, ao mesmo tempo, nela e na imprensa alternativa. Gostaria de voltar, sim, pelos meios que ela podia me oferecer ara viajar, poder me dedicar mais à investigação jornalística, ter sua cobertura institucional. Mas tentei voltar uma vez e não dei certo.Assumi o lugar de diretor da sucursal da Gazeta Mercantil em Belém. Fiquei apenas três dias no posto. Pedi demissão. Vi que não iria conseguir me recondicionar ao universo de compromissos e limitações da grande imprensa. Vi que me tornei, definitivamente, um outsider, condenado a remar contra corrente, a seguir pela história no sentido anti-horário.



O Jornal Pessoal é o jornal mais comprado nas bancas, isso lhe dar algum tipo de orgulho?

Não propriamente orgulho, certa satisfação. Ele éo mais vendido em banca porque é o mais comercializado em banca. Os jornais da grande imprensa são vendidos principalmente a assinantes ou, no caso de Belém, nas ruas pelos jornaleiros. Uma parcela pequena da tiragem é que vai para as bancas. O que me alegra é que, apesar de as bancas não serem o melhor lugar para se expor e vender jornais, o JP é procurado pelos seus leitores. O leitor padrão quer que o jornal vá atrás de si e não o contrário. No caso do meu jornal, o leitor tem que sair da sua postura de comodidade e ir atrás do jornal. É uma façanha.



Sempre se fala que os jovens estão perdendo o habito da leitura ou que estão lendo livros com pouco conteúdo, entretanto muitos amigos meus desde a época do colégio leem ou acompanham o que o senhor escreve. Como o senhor vê o interesse do público jovem por seu jornal?

É interesse provocado pela identidade. O leitor jovem se interessa pelo JP porque ele recende ao novo, à novidade, ao que não aparece na grande imprensa, ao que tem relação direta com o interesse público, ao que reflete as necessidades do seu público. Acho também que é bem escrito e provocador. Coloca muitas perguntas na cabeça dos seus leitores e os estimula a buscar as respostas.



O senhor se arrepende de ter dito ou escrito algo? Se sim que ocasião foi essa?

Não me arrependi. Penso bastante sobre o que vou escrever e só escrevo depois de ter segurança na minha abordagem. Mas às vezes fiquei incomodado, acanhado, insatisfeito. Às vezes tenho plena consciência de que o que escrevi atingirá pessoas que conheço ou mesmo das quais eu gosto. Sinto a perda da relação, que sacrifico a contragosto, mas como algo a que não posso escapar, se a pessoa atingida atentou contra o interesse público, roubou dinheiro público ou manipula o público. Um grande amigo, dos que mais eu gostava, rompeu comigo, à beira da morte, porque critiquei o jornal que ele comandava. Eu estava certo, sem dúvida. Mas o amigo, pelas circunstâncias em que estava, sofrendo, ficou magoado. Não me defendi. Preferi o silêncio público depois do artigo. Mas lhe escrevi uma longa carta tentando apaziguá-lo. Não foi o único exemplo. Um jornalista critico, que exerce em toda profundidade e com todas as consequências o seu ofício, está condenado a quase uma solidão.


O Jornal Pessoal tem 26 anos, como o senhor imagina o jornal daqui há 26, 52 anos?
É pouco provável, quase impossível que isso aconteça. Se pudesse, eu teria acabado com o jornal, que é causa direta de eu não alimentar esperanças de mais 26 anos e ter que amargar mais do que o possível cada novo ano. Abstraio as projeções e expectativas. Cuido de cada dia, tão difícil ele é. Espero que o jornal não precise durar mais tanto tempo para que eu possa fazer outras coisas que ele me impede de fazer. Mas para isso a informação ao público precisa melhorar.


O que o senhor acha de não existirem tantos ou outros Lucios Flavios ou mesmo alguns tantos jornais como o Pessoal, que sempre fala a verdade?
Quando comecei o JP, eu tinha 21 anos de profissão. Passara por algumas das mais importantes publicações brasileiras. Fizera muito e aprendera bastante. Apliquei todo patrimônio acumulado nesse período no JP. E aceitei não ter o retorno que teria se o investisse em um negócio lucrativo ou numa carreira de sucesso. Sabia que estaria condenado à pobreza relativa e à renúncia constante. Era o preço para ter algo que eu não teria se continuasse na grande empresa jornalística: a plena liberdade de expressão. Se fosse mais jovem ou menos experiente, seria difícil fazer uma opção tão radical. Talvez por isso não tenham surgido iniciativas como a minha. Ou não tenham persistido por tanto tempo.



O que o senhor diria aos estudantes que querem seguir a carreira de jornalista?

Que se decidam pelas ruas, que sigam atrás dos acontecimentos, dos personagens, que lugar de jornalista é na linha de frente da história, não na retaguarda. Ao lado do canhão, quando o canhão está em cena.



Estamos vivenciando todas essas manifestações. O senhor pode fazer algum comentário sobre as mesmas? O senhor participou de alguma? Acha que vai dar em algo?

Eu era estudante universitário em 1968, “o ano que não terminou”. Participei de passeatas, de mobilizações, de trabalhos de militância. A realidade de então difere completamente da atual. Éramos seres políticos, estávamos cheios de esperança, acreditávamos na utopia. Fomos a última resistência aos tempos sombrios que surgiriam antes que o ano pudesse terminar. Agora estamos numa democracia em expansão, mas as pessoas estão insatisfeitas.Percebem que talvez jamais sejam beneficiadas pelo enriquecimento do Brasil, que enriquece poucos, dá as melhores oportunidades a uma elite restrita e perpetua as injustiças e desigualdades. As manifestações encerram agora uma era de poder indiferente ao povo. Mas não tem propostas de futuro. Nega aquilo que contraria os expurgados e expelidos do atual modelo de poder. É negadora por excelência. Mas não tem ainda um projeto de futuro. O que virá depois ainda é uma incógnita. Pode ser bom, mas há também um grande risco de ser ruim. Vai depender da evolução dos atos de rua.


Entrevista feita por: Pedro Henrique Florêncio/ Fotos: google imagens

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Praia, sol, mar e agitação. Salinas tem!

 Duna da Coca-Cola                                                      Foto: viajamos.com.br
Não tem quem ainda não ouviu falar de Salinas, como é carinhosamente conhecido o município de Salinópolis. A uma distância de 220 km de Belém, o município de Salinópolis, está situado no polo turístico Amazônia Atlântica, reúne atrativos imperdíveis, como os balneários mais famosos do verão amazônico um lugar repleto de lindas paisagens e praias paradisíacas, muito visitado principalmente na temporada de verão que acontece durante os meses de Julho a Outubro.

 Praia Farol Velho          Foto:Oswaldo Forte/Amazônia Jornal
As praias, as dunas de areia e o mar cristalino são os principais atrativos e fazem a alegria dos amantes de Salinas. Uma estância hidro-mineral com mais de 20 km de água salgada e dunas de areia fina. A praia do Atalaia é uma das mais procuradas pelos banhistas. A praia do Maçarico é outro destaque da cidade, localizada na área urbana de Salinas, é o point de encontro dos veranistas nas noites de julho. É no Maçarico que ocorrem as principais programações culturais de veraneio em Salinas. A praia do Farol Velho, também é muito visitada por sua paisagem de um lindo contraste entre a natureza e as mansões construídas. Os dois quilômetros de orla e o calçadão ornamentado com palmeiras é o lugar ideal para ciclistas e praticantes do cooper.  As praias propiciam um banho seguro para as crianças, pois quando a maré baixa laguinhos de água salgada formam-se em toda a extensão das praias. Além disso, em Salinas os turistas encontram o Lago da Coca-Cola de água doce e assim denominado pela cor semelhante a bebida, a Fonte do Caranã de água natural, igarapés e dunas gigantescas de areia branca e vegetação litorânea abundante.
Lago da Coca Cola                 Foto :www.tmtour.tur.br
Orla do Maçarico                          Foto: www.flickr.com

Dicas de Restaurantes:
Na orla do Maçarico ainda reúne inúmeros bares, restaurantes e churrascarias onde se podem degustar os mais deliciosos e requintados pratos da culinária paraense.
O Marujo’s Restaurante, o Copacabana e a “Trepadinha – Picanha do Romário” oferecem cardápios variados e pratos com bons preços para a clientela que freqüenta os espaços.

Dicas de Hotéis:
Salinópolis possui rica infra-estrutura hoteleira para atender os turistas e visitantes que chegam de todas as cidades. Os hotéis Paraíso do Atlântico, O Garotão e a Pousada Rango do Goiano são algumas das opções de estadia.

Salinas, também é especialmente maravilhosa pra quem quer aproveitar a natureza e gosta de tranquilidade fora do período de veraneio(Julho a Otubro). 

Para  mais informações sobre Salinópolis acesse http://salinas.tur.br



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Alguém aí sabe por que o Umarizal possui esse nome ?

Associado no passado a um bairro boêmio, atualmente o Umarizal é rodeado por prédios, casas e algum casarões antigos. Com ruas largas é o metro quadrado mais valorizado de Belém. A praça Brasil é um lugar ideal pra quem quer se deliciar com uma gelada água de côco, ou um refrescante guaraná da Amazônia, pois além de ser bastante gelado ainda há as mangueiras centenárias que apaziguam o calor escaldante desta cidade. Mas a curiosidade maior que ronda esse bairro está no seu nome. Alguém aí sabe por que, que o Umarizal possui essa denominação ? Você já escutou falar sobre uma fruta de “carne amarela ‘’ chamada umari ? não? pois bem é por causa dela que o Umarizal possui esse nome. Essa árvore é típica do Pará.

Pronto se não sabias ficaste sabendo. Bairro do Umarizal e algumas árvores de Umari. texto por Pedro Henrique Florencio/photo Google imagens.

Agora vamos falar da Dona de uma voz quente, macia, premiada, conhecida e reconhecida por milhões de brasileiras e brasileiros. Maria de Fátima Palha de Figueiredo começou a cantar ainda menina, aqui em Belém do Pará, onde nasceu. Em mais de 37 anos de carreira coleciona nada menos que 29 discos .Tendo se lançado ao mercado fonográfico com seu primeiro LP 1976, Fafá de Belém logo fez  sucesso com o disco tamba tajá . Dona de um repertorio  conhecido dentro e fora do Brasil, Fafá é uma das poucas cantoras  que atingiram o patamar de grande estrela da musica Brasileira. 
Romântica sem ser cafona Fafá coleciona grandes sucessos entoados por seu público ou você nunca cantou ‘’ foi assim ‘’, nuvem de lagrimas’’, e a visceral e temperamental ‘’ vermelho ‘’ ? Nos últimos dias Fafá de Belém lançou o disco intitulado ‘’ amor e fé’’ , mas afirmou que esse trabalho não é um disco religioso. Ela prefere defini-lo como o '' disco da fé e acrescenta que é o seu '' olhar sobre as Ave-Marias''. Uma outra curiosidade é que  Fafá, dona de uma risada inesquecível, foi a unica cantora do mundo a se apresentar para três Papas.

Arroz Paraense

A receita que apresentamos hoje é muito rápida e bem exótica, com o toque do tucupí e do jambú, lembra de Círio. Então que tal experimentar esse delicioso arroz em dias de festas ou mesmo no tradicional almoço do Círio. Experimente!

Ingredientes

1- kg de arroz tipo "1"
1- maço de jambú
1- kg de camarão (médio) seco descascado 
1- maço de cebolinha
4- dentes de alho
1- cebola média sem casca
1- maço de coentro
2- litros de tucupí
4- folhas de xicória
1- pimenta de xeiro (amarela) ardente


Modo de Preparo
Lave bem o camarão, para retirar o excesso de sal. Em uma panela ferva o tucupi com 2 dentes de alhos amassados, a cebolinha, o coentro, a chicória e a pimenta de cheiro (todos bem picados). Em outra panela doure  o restante do alho e a cebola picados, junto com o camarão seco. Lave bem o arroz para retirar a goma e despeje na panela, refogue bem.
Após ferver o tucupi por cerca de 10 minutos, junte com o arroz e tampe a panela. Ferva o maço de jambu (já lavado), por 10 a 15 minutos. Seque o jambú, corte-o em tiras pequenas e separe. Verifique se o arroz está seco e no ponto, se não, cuidadosamente, coloque água, até que fique no ponto certo.Espere o arroz esfriar um pouco, acrescente o jambú picado, misture bem e sirva como preferir. 

Sugestão: Se desejar pode deixar uma parte do jambu cozido sem picar e colocar sobre o arroz e bom apetite!


Texto: Nice Ribeiro
Imagens: Google Imagens